A importância da Fisioterapia para o desenvolvimento de crianças com TEA
Vocês sabiam que a intervenção no autismo requer uma equipe multidisciplinar? Isso significa que profissionais de várias áreas são responsáveis pela melhora da pessoa autista: Neuropediatra, Psicopedagogo, Psicomotricista, Fonoaudiólogo, Psicólogo, Terapeuta Ocupacional, entre outros. No entanto, muita gente tem dúvidas sobre o papel do Fisioterapeuta e como ele é determinante para o desenvolvimento dos autistas. Veja aqui a diferença que a atuação do fisioterapeuta faz para cada caso.
Existem algumas comorbidades que podem acompanhar o autismo e causar impactos motores. Em sua última edição, o DSM-5 que estabeleceu os critérios diagnósticos do autismo não considerou as questões motoras como tão importantes. No entanto, hoje entende-se que 80% das crianças com autismo apresentam essa dificuldade. Além disso foi comprovado que pode haver atraso tanto na motricidade fina quanto na motricidade ampla. O Fisioterapeuta atua diretamente em funções determinantes para a vida das crianças, adolescentes e até mesmo adultos com autismo. É importante ressaltar que quanto antes o tratamento iniciar, maiores são as chances de uma evolução bem-sucedida existir. No caso das habilidades motoras, o fisioterapeuta atua em funções básicas, como andar, sentar, ficar de pé, jogar, rolar, tocar objetos, engatinhar e a se locomover de maneira geral.
A Importância da Família para a Fisioterapia
É fundamental a participação da família no tratamento em conjunto com a fisioterapia. É dever do Fisioterapeuta Orientar os respeonsáveis sobre os exercícios que são fundamentais para o paciente. Dessa forma, os responsáveis podem gerenciar a execução dos exercícios feitos em casa, caso o terapeuta passe alguns deles para serem realizados no ambiente doméstico. O fato de fazer as atividades dentro de casa pode dar mais confiança ao paciente, já que a familiaridade com o local é sempre um ponto positivo para o autista.
A Importância da Escola para a Fisioterapia
A fase que a criança entra para a escolinha é determinante para se trabalhar os movimentos dela. Correr, pular e jogar é importante para o bem-estar de qualquer pessoa, principalmente para o autista, pois, além de desempenhar a função motora, também é responsável pela interação da criança com seus colegas. O Fisioterapeuta tem um papel fundamental nisso com a orientação de exercícios fundamentais para os movimentos do pequeno.
Como o Fisioterapeuta contribui na atenção a pessoas com diagnóstico de Autismo
O Fisioterapeuta ,por fazer parte da equipe de reabilitação, atua conjuntamente com os outros membros da equipe (terapia ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo etc.) fornecendo suporte ao médico especialista no fechamento do diagnóstico de TEA. Mesmo antes do paciente receber o diagnóstico, alguns já precisam iniciar o tratamento fisioterapêutico, por evoluírem com Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor. Nesta fase o atendimento vai se voltar para a aquisição de habilidades motoras, tais como: controle cervical e de tronco, as transições posturais, engatinhar e deambulação. Procurando proporcionar ao paciente independência funcional nas atividades cotidianas, ao desenvolver a coordenação, equilíbrio e autocontrole corporal, promovendo uma diminuição dos movimentos atípicos. No prosseguimento do tratamento fisioterapêutico, as atividades lúdicas, com brinquedos coloridos, bolas e movimentos corporais, podem ser inseridos objetivando a melhora do equilíbrio, da força muscular e do contato tátil.
Quais as principais técnicas, procedimentos ou recursos que o Fisioterapeuta lança mão ao atuar junto a uma pessoa com diagnóstico de Autismo
Basicamente utilizamos a cinesioterapia associada ao lúdico para promover maior interesse e engajamento nas atividades propostas. E os recursos podem ser às Bolas suíças, rolos, prancha de equilíbrio, colchonetes. Na área de abrangência do Fisioterapeuta, temos também a Fisioterapia Aquática e a Equoterapia que podem beneficiar bastante o paciente com TEA.
É válido reiterar que cada caso é único. Pois como muito tem sido falado: diagnóstico não é destino e que cada caso é único, e cada criança é uma criança, mesmo recebendo o mesmo diagnóstico. então os resultados só podem vir a cada um de forma distinta. O autista pode ter uma vida muito melhor quando as intervenções são realizadas por profissionais multidisciplinares e acompanhamento dos pais.
Grande abraço
Renato da Rosa Rodrigues - Fisioterapeuta
Maiores Informações ligue: (21) 99983-0468